Olá, ser que me invocou através destas palavras. Vejo que a sede por conhecimento lhe alcançou. Permita-me saciá-la.
Hoje falaremos sobre LARP.
Para entendermos do que se trata, vamos para alguns conceitos.
LARP é uma Sigla para live action role-playing, que em tradução livre seria algo como “role-play de ação ao vivo”; em outras palavras, é quase como se ao invés de você interpretar e/ou dizer o que o seu personagem irá fazer num RPG convencional, você se tornasse de fato o personagem.
Deixe-me lhe avisar: sempre que eu estiver falando de RPG nesta postagem, me refiro ao RPG de mesa, onde se utilizam sistemas e imaginação (e normalmente dados) para jogar. Se por um acaso você chegou aqui e não sabe o que é RPG, clique neste portal mágico para que outro sábio possa lhe elucidar.
Ao participar você irá criar um personagem como em um RPG comum, com a sua história, seus feitos, anseios e medos. Porém, diferente do usual, não será necessário colocar “pontos de atributos” no seu personagem, uma vez que não faria sentido dizer que o seu personagem tem 20 pontos de destreza, enquanto você erra a cesta de lixo.
Num RPG de mesa, é construído um personagem que em quase todas as vezes é superior ao ser humano comum, com técnicas, habilidades, atributos físicos e mentais que podem superar até o melhor da nossa espécie. E no LARP não é possível somente colocar na história do seu personagem que ele acertou uma maçã na cabeça de alguém com apenas um tiro de besta.
Entenda, na história pode constar isso, iremos acreditar (ou não); o que muda é que somente dizer que consegue fazer isso, não significa que você de fato irá consegui-lo, e não há rolagem de dados para determinar se consegue ou não, apenas a sua sorte pessoal. (E não acho que permitam atirar virotes em maçãs na cabeça das pessoas hoje em dia).
Se por um lado, essa ideia pode parecer limitadora do ponto de vista criativo e/ou de desenvolvimento de personagem, por outro lhe proporciona a imersão de poder vivenciar aquilo que de outra forma seria através da imaginação.
Ao invés de interagir com um personagem que alguém descreveu para você, a interação será pessoal. Não será necessário imaginar aquele nariz torto, ou rolar dados para realizar as ações. Você só precisa vivenciar, só precisa fazer.
Primeiro, é preciso criar um personagem que será representado por você, com a história do mesmo e o que o levou até aquele lugar. Quanto mais densa for a sua história e mais você se aprofundar no personagem, maior será a sua imersão e experiência.
E a experiência que estou dizendo não é aquela que irá lhe fazer “passar de Nível”, e sim aquela que adquirimos com as situações que acontecem conosco (basicamente passamos de nível, mas não da forma padrão de RPG).
Uma vez que o seu personagem está criado, você precisa encontrar um grupo de LARP. E para maior aproveitamento dele (assim como no RPG tradicional), é interessante que ao estar jogando, você evite ao máximo sair do seu personagem, pois isso ajuda na sua experiência e nas dos outros jogadores ao manter atmosfera e a imersão.
A resposta é sim!
Todos podem jogar, o que pode acontecer é a diferença do quanto você vai se envolver no LARP. Mas mesmo que não fale com ninguém, as coisas acontecem ao seu redor, então não precisa “desvendar o mistério oculto do segredo guardado” para jogar o LARP, precisa apenas estar ali como seu personagem e aproveitar a atmosfera e, quem sabe, experimentar aos poucos.
Um bebê recém-nascido não irá entender muito o que está acontecendo, mas nada impede que ele seja um filho perdido de um Rei. Uma pessoa com 105 anos pode muito bem ser um ancião ou uma oráculo.
Logicamente, como o LARP é um conceito, ele pode ser aplicado em vários temas, então o que vai limitar as idades para participar muitas vezes serão o tema e as atividades oferecidas. Uma criança participando de um LARP com tema adulto, não seria apropriado.
Creio que com estas informações a sua sede de conhecimento tenha sido saciada, ou será que ela apenas foi atiçada?
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