Esse post é parte da nossa série de posts sobre LARP. Nela expliquei Como Organizar um LARP, como criar missões e agora pela primeira vez trago uma missão completa de LARP já realizada para você testar e explorar. Agora chegou a hora de você sentir o gosto de uma missão pronta, para desta forma solidificar e ver a aplicação de todo o conhecimento que adquiriu até aqui e quem sabe lhe incentivar a ir a um dos nossos LARPs.
Nesta missão eu assumi o papel de NPC coordenador: comandante Aenir que estava investigando uma antiga seita, que buscava trazer um grande mal para este reino. Como parte dessa missão os participantes deveriam me ajudar a impedir esse trágico evento.
Para iniciar essa missão o jogador deveria se dirigir ao NPC alavanca Nohdus Mistran.
As formas de se chegar nele foram diversas, eu falava para os participantes não me fazerem perder tempo e irem procurar o comandante da arquearia (Nohdus Mistran), rumores foram espalhados sobre arqueiros (no caso o meu personagem também era arqueiro), estavam buscando algo estranho, outras missões terminavam no Nohdus Mistran que iniciava a missão com a seguinte frase (não necessariamente as mesmas palavras, mas com o mesmo sentido):
“Um grande mal se aproxima de nós, encontre o comandante Aenir, junto com mais 6 companheiros para auxiliá-lo na batalha contra esse mal.”
Então quando o grupo com pelo menos 7 participantes chegou para perguntar sobre a missão, pude iniciá-la.
A missão consistia em encontrar 7 pergaminhos escondidos que possuíam partes de um antigo encantamento.
Cada pergaminho tinha uma marca rúnica, e estava escrito em uma língua antiga, sendo necessário ser traduzido pela NPC Genérica que estava vendendo grimórios, que possuía cópias dos pergaminhos escondidos, marcados com as runas e já traduzidos.
Então ela pedia um tempo ao grupo para conseguir traduzir e depois eles retornavam, e entregava a cópia já traduzida aos jogadores.
Cada pergaminho deveria ficar com 1 integrante do grupo.
Sempre que 1 pergaminho for encontrado, os jogadores deviam se reportar ao comandante Aenir, que era interpretado por mim.
Ao traduzir o último pergaminho, o grupo tinha que me procurar, para eu ler o último pergaminho, mas neste momento eu já estava com o capuz tapando o meu rosto, pois quando eles traduzirem o sétimo pergaminho eu fui colocar as minhas lentes de contato para representar o poder das trevas que me possuiu, dei um tempo para eles resolverem o enigma do oitavo pergaminho e me afastei do grupo.
Alguns detalhes legais:
O evento foi realizado em um sítio, até para conseguirmos uma ambientação mais de vilarejo.
(O castelo que queríamos estava inacessível).
Então eu precisava esconder os pergaminhos num lugar onde seria possível ser encontrado, mas que também não ficasse muito à mostra para algum transeunte não acabar encontrando ao acaso.
No evento onde realizamos o LARP, havia um mapa e nesse mapa havia algumas marcações como “Estrada do herói”, “Árvore anciã” etc.
Por isso eu os escondi onde normalmente as pessoas não olham, ou escondidos à plena vista camuflado com o restante.
Não vou citar a localização de todos, mas direi alguns para exemplificar.
Na “Estrada do herói” havia um buraco pequeno (6 cm mais ou menos), então coloquei um dos pergaminhos lá e coloquei algumas folhas para cobrir parte dele.
Quem não estivesse participando da missão não daria a menor atenção, mas para aqueles que buscavam com a dica que eu dei, iriam encontrá-lo com certa facilidade.
“Dizem que o primeiro pergaminho só pode ser encontrado quando o herói procurar no abismo que se encontra em sua estrada.”
Sim, um buraco de 6 cm não é bem um abismo, mas se o enigma fosse “busque no buraco que se encontra na estrada do herói”, os participantes iriam se perguntar o motivo pelo qual eu mesmo não fui lá pegar.
Outro pergaminho eu coloquei no galho da “Árvore anciã”, entre as suas folhagens, que por um acaso ficava numa das bifurcações do evento.
A dica data foi:
“O segundo pergaminho é o fruto da árvore que divide os caminhos entre o bem e o mal.”
Poucas pessoas vão olhar para cima a não ser que estejam procurando algo, e por isso consegui esconder este em plena vista.
Esta missão tinha 3 desfechos.
Com isso o demônio que possuía o corpo do Aenir não seria exorcizado e ele enganaria os participantes agradecendo o esforço conjunto e no evento seguinte rumores sobre coisas ruins estarem acontecendo no reino seriam fornecidos e o meu personagem seria um dos principais vilões.
Com isso o meu personagem Aenir, ficaria preso nas masmorras e não voltaria a aparecer no evento (O personagem, eu iria como outro NPC), até que alguém descobrisse como exorcizar o demônio.
Por ser uma missão que só podia ser iniciada em grupo, ela promoveu interação entre os participantes do LARP, fazendo com que a experiência fosse mais completa.
Com os enigmas os participantes também se sentiram intelectualmente desafiados.
Cada participante que chegou a concluir a missão teve o seu lugar ao Sol, uma vez que cada um ficou com uma tarefa e um momento de brilhar, fazendo que ninguém do grupo se sentisse excluído ou “engolido” pelo coletivo.
Além disso, com desfechos diferentes, ela serve de gancho para outros LARPs, fazendo os participantes sentirem a continuidade da história, além é claro da participação deles na história, como você pode conferir clicando aqui.
E então, o quê achou dessa missão de LARP?
Boa o suficiente para servir de exemplo ou ao menos para lhe fazer querer participar de um dos nossos LARPs?
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